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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O Sucesso do VI Batizado e Troca de Cordas da ACCIB



A 6ª edição do batizado e troca de cordas dos capoeiristas da Associação Cultural de Capoeira Iê Beimbau (ACCIB) foi além do esperado pelo monitor e organizador do evento, Childerico Robson. 

Realizado na última sexta-feira (05) no Clube dos Diários, o evento contou com apresentação do grupo de capoeira, da musicoterapia e de exposição de quadros da arteterapia, todos projetos formados por pacientes do Centro Integrado de Reabilitação - CEIR, além de palestras do projeto Pense Bem AVC. As atividades foram elogiadas pela integração sociocultural das crianças atendidas. 


Para Childerico Robson, supervisor de reabilitação desportiva do CEIR, aproximar as crianças com necessidades especiais de locais culturais já é um grande objetivo alcançado com esse evento. “Isso possibilita inseri-las na sociedade de forma que todos possam interagir e perceber que suas capacidades intelectuais e sociais vão além das dificuldades físicas e de acesso”, explica.


O nascimento de Jesus foi encenado pelos pacientes da musicoterapia. Mães e crianças emocionaram a plateia presente ao som de Noite Feliz. Segundo a musicoterapeuta, Nydia do Rego, a musicoterapia é um trabalho que insere a família durante as sessões com as crianças. “Nos preparamos bastante para fazermos a apresentação. Foi muito importante para as crianças”.


O professor Childerico Robson diz que o trabalho desenvolvido com os pacientes é fruto de grande satisfação pessoal. “Me sinto realizado em saber que contribuí nem que seja um pouquinho para a melhoria de vida desses meninos e meninas”, finaliza.

REPERCUSSÃO NA IMPRENSA

O evento ganhou força na imprensa local. Além de entrevistas em rádios e TVs, o Jornal Meio Norte deu destaque ao VI Batizado e Troca de Cordas da ACCIB.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Capoeira do Ceir fez apresentação no I Seminário de Acessibilidade da Facid



No finalzinho de novembro, o grupo de capoeira do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) se apresentou na abertura do I Seminário de Acessibilidade da Faculdade Facid, em Teresina.

A apresentação foi acompanhada por estudantes, professores e funcionários, que também participaram da roda de capoeira, batendo palmas, cantando e jogando.

O supervisor de Reabilitação Desportiva do Ceir, Childerico Robson, destacou a importância do envolvimento da comunidade acadêmica em projetos como este. “Nosso trabalho tem apresentado ótimos resultados, colaborando significativamente para melhorar a qualidade de vida crianças e de suas famílias”, pontua Childerico.


O seminário teve como tema “O direito de ir e vir da pessoa com deficiência: e se fosse você?” e discutiu a inclusão e acessibilidade na sociedade.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O BLOG INDICA: Seminário - Direitos e Empoderamento no Campo da Saúde Mental

Dia Mundial da Saúde Mental é celebrado em 10 de outubro. Este dia visa chamar a atenção pública para a questão da saúde mental global, e identificá-la como uma causa comum a todos, ultrapassando barreiras nacionais, culturais, políticos ou socioeconómicas.

No Piauí, a Âncora - Associação dos Portadores de Transtorno Mental, Familiares e Pessoas Interessadas na Saúde Mental e a Faculdade CEUT promoverão na data alusiva, o seminário Direitos e Empoderamento no Campo da Saúde Mental com o objetivo de promover discussão e ampliar o conhecimento da comunidade acadêmica e de profissionais sobre os direitos da pessoa portadora de transtorno mental. 

A Organização Mundial da Saúde considera a saúde mental uma prioridade e defende que a questão não é estritamente um problema de saúde. Por esse motivo, o evento contará com a participação de representantes do Ministério Público, de profissionais e usuários do Centro de Atenção Piscossocial - CAPS e especialistas na área.

A organização do seminário é da professora do CEUT, Milena France, especialista em Saúde Pública e em Atenção Psicossocial, e mestre em Enfermagem. A Faculdade CEUT apoia o evento através da Coordenação do Curso de Enfermagem.


Mais informações: www.ceut.com.br

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Pacientes do CEIR participam da Semana da Ação Mundial


No último final de semana do mês de setembro, encerrando as atividades da 12ª Semana de Ação Mundial, apresentações artísticas e culturais protagonizadas por pessoas com deficiência foram realizadas no parque Potycabana. A edição deste ano discutiu a temática Educação Inclusiva.

Pacientes em tratamento na Musicoterapia e na Reabilitação Desportiva do Centro Integrado de Reabilitação (CEIR) participaram da Mostra Cultural Inclusiva, com o grupo de capoeira e a bandinha infantil de música.


O Grupo de Capoeira conta com a participação de quase 30 pacientes com idade entre 1 e 25 anos. O coordenador de Reabilitação Desportiva do CEIR, Childerico Robson, enfatizou a importância das atividades físicas no tratamento dos pacientes. “A capoeira na reabilitação, por exemplo, era um sonho que muitos não acreditaram no início e agora podemos ver os grandes efeitos que essa atividade proporciona aos pacientes. Nosso grupo de capoeira é uma família e essa união faz com que todos nós sejamos beneficiados”, ressaltou.

Nas atividades de musicoterapia, a Bandinha Infantil do CEIR é formada por 14 crianças com idade entre 3 e 7 anos. E há ainda a banda Tocando em Frente, composta por sete pacientes que mostraram aptidões musicais durante a terapia, e que já tiveram alta do tratamento.


A Mostra Cultural Inclusiva contou ainda com apresentações de dança, contadores de histórias e exposição de livros, telas e objetos produzidos por entidades que apoiam e lutam pelos direitos das pessoas com deficiência. Foram parceiros desta atividade a Associação dos Amigos dos Autistas (AMA) e o Centro de Habilitação Ana Cordeiro, entre outros.

A 12ª Semana de Ação Mundial faz parte de uma campanha que acontece, a cada ano, em mais de 100 países. No Brasil, ela começou no último dia 21 de setembro e, em Teresina, foi marcada pela realização de uma série de atividades como Manhã de Cidadania, exibição de filmes, oficinas e mesas redondas; e a realização do Fórum Estadual de Educação Inclusiva.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Nutrydiet realiza Workshop


Com o tema “Nutrição Esportiva e Suplementação Alimentar”, a Nutrydiet realiza workshop no próximo sábado, dia 20 de setembro. O evento acontecerá no auditório do Centro Artesanal Mestre Dezinho a partir das 14h30.

Indicado para educadores físicos, nutricionistas, fisioterapeutas, preparadores físicos e demais profissionais da área, o workshop contará com a presença da nutricionista da Probiótica Laboratórios, Érica Zago, também especialista em Nutrição Esportiva e em Fisiologia do Exercício, consultora técnica das revistas Super Treino e JM&F e membro certificada da International Society of Sports Nutrition. Ela abordará temáticas importantes como as estratégias nutricionais para ganho de massa e perda de gordura, os suplementos termogênicos e os ergogênicos nutricionais.

Outra grande atração esperada no 1º Workshop Nutrydiet é a do Campeão Overall Brasileiro IFBB 2014, Alex dos Anjos. O fisiculturista de 102kg e 35 anos também foi Campeão do Arnold Classic Ohio ano passado, na categoria amador 90kg.

O encerramento do evento ficará por conta do show de humor de Dirceu Andrade e sorteio de brindes.

As inscrições para o 1º Workshop Nutrydiet podem ser feitas na loja Nutrydiet - Vila Maria ou pelo fone (86) 8859-7558, com o professor Childerico Robson, ao valor de R$ 80,00. Os inscritos ganham um crédito de R$ 20,00 que poderá ser resgatado em produtos na loja Nutrydiet - Vila Maria nas compras acima de R$ 100,00.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Plano "Viver sem Limite" será tema de palestra


Na manhã desta terça-feira (24), o professor Childerico Robson participou de reunião na Secretaria Estadual para Inclusão de Pessoa com Deficiência. A pauta debateu a vinda do secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antônio José Ferreira.

A vinda do gestor a Teresina é para ministrar a palestra “Viver sem Limite - Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência" a ser realizada dia 27 de junho, próxima sexta-feira, às 10h no Centro Integrado de Educação Especial (Cies).

O evento é aberto ao público e está sendo promovido por entidades de apoio à causa das Pessoas com Deficiência (PCDs). Dez representantes das entidades acompanharão o secretário nacional durante o cumprimento de sua agenda.

Na reunião houve ainda a avaliação da Semana Estadual da Pessoa com Deficiência, realizada entre os dias 9 e 14 de junho. Pontos positivos e negativos puderam ser apontados, bem como as sugestões para as próximas edições foram colocadas.

Foi pauta ainda da reunião, o Fórum Regional de Política Pública da Pessoa com Deficiência, que acontecerá no mês de julho. Pelo menos quatro municípios sediarão o evento. O primeiro fórum será realizado em Barras, por meio de troca de experiências, palestras e atividades de estímulo à capacidade das pessoas com deficiência.

Mais informações: www.seid.pi.gov.br

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Mega Promoção no Lançamento do Blog

O blog do professor Childerico Robson está novinho em folha. Novo nome, novo design. Notícias atualizadas sobre reabilitação desportiva poderão ser encontradas por aqui. Além disso, você também irá acompanhar o resultado do trabalho do professor Childerico e saber o que ele anda desenvolvendo juntamente com os paratletas.

Outra novidade é a parceria com a Nutrydiet, loja especializada em suplementos, dietéticos e produtos naturais localizada no bairro Vila Maria. São promoções imperdíveis e descontos especiais para você que acompanha o blog e curti o facebook da loja.

E para o lançamento do blog, a Nutrydiet Vila Maria está oferecendo um desconto mega especial para a compra do Ultra Whey Pro (909g). A promoção é válida somente para pedidos pelo número (86) 8859-7558. Fale diretamente com o professor Childerico Robson, ou envie um whatsapp, e combine o local de retirada do produto. Corra e aproveite essa promoção!

VIII Caminhada pela Acessibiliade reuniu mais de 3 mil pessoas


Mais de 3 mil pessoas lotaram a Avenida Raul Lopes, no dia 14 de junho, para participarem da oitava edição da Caminhada pela Acessibilidade. O evento marcou o encerramento das atividades da Semana Estadual da Pessoa com Deficiência.

Ao todo, 24 entidades ligadas à causa da Pessoa com Deficiência e caravanas de nove municípios piauienses marcaram presença para comemorar as conquistas obtidas e cobrar mais ações de inclusão e acessibilidade.

A Caminhada teve participação de representantes do poder legislativo estadual e municipal que ouviram as reivindicações do público para levá-las à Assembleia Legislativa do Piauí.

Representando o governador Zé Filho, a secretária de Estado para Inclusão da Pessoa com Deficiência, Larissa Maia, agradeceu a participação de todos e destacou a importância do evento. A gestora frisou que o objetivo é tornar a sociedade cada vez mais inclusiva.

A Caminhada pela Acessibilidade partiu da Ponte Estaiada com destino ao Parque Nova Potycabana onde foi montada uma estrutura para receber o público que participou do evento. As crianças tiveram espaço exclusivo com brinquedoteca e play kids, apresentações de palhaços, além da distribuição de pipoca e algodão doce. Parceira do evento, a Secretaria Estadual da Educação e Cultura (Seduc) levou os serviços do Clubinho de Leitura, que atraiu um grande número de crianças para ouvir histórias infantis.


A arte e o esporte também marcaram presença no evento. Algumas entidades realizaram apresentações de capoeira e outras danças. Já nas quadras esportivas, 113 atletas com deficiência mostraram o seu talento em modalidades como basquete, futsal e badminton. O educador físico e supervisor de reabilitação desportiva do CEIR, Childerico Robson, participou da organização e apresentação paradesportiva.

O momento também teve prestação de serviços. Através da parceria entre a Secretaria de Estado para Inclusão da Pessoa com Deficiência (Seid) e o Sistema Social da Indústria (SESI), foram oferecidos aferição de pressão arterial e lanche do programa Cozinha Brasil. Outra parceira do evento, a Secretaria do Trabalho e Empreendedorismo (Setre), enviou uma equipe do Sistema Nacional de Emprego no Piauí (SinePiauí), que ofereceu os serviços do programa Trabalho para Todos. O encerramento das atividades contou, ainda, com show musical da banda Roraima e Terê Groove.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Pacientes do CEIR participarão da Caminhada da Acessibilidade


Na última quarta-feira (11), a Secretaria para Inclusão da Pessoa com Deficiência – SEID reuniu representantes de instituições parceiras para definir os últimos detalhes para realização da VIII Caminhada pela Acessibilidade, que faz parte das comemorações da Semana Estadual da Pessoa com Deficiência.

O supervisor de reabilitação esportiva do Centro Integrado de Reabilitação – CEIR, Childerico Robson, esteve presente na reunião e informou que as atividades de capoeira, futebol de amputados, basquete de cadeira de rodas e o parabadminton estarão presentes no encerramento da caminhada que acontecerá no Parque Nova Potycabana.

A VIII Caminhada pela Acessibilidade acontecerá no próximo sábado (14), a partir das 16 horas, com percurso da Ponte Estaiada até a Nova Potycabana, onde será oferecido um momento de lazer, inclusão e integração com atividades culturais, esportivas, educativas e, ainda, prestação de serviços para os participantes da Caminhada.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

OAB-PI disponibiliza Clube do Advogado para pacientes do CEIR


Alguns pacientes atendidos pelo Centro Integrado de Reabilitação - CEIR visitaram o Clube do Advogado no último sábado (07) durante a Final da Copa de Futebol Society da OAB-PI, edição 2014. Na oportunidade, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, Willian Guimarães, disponibilizou a área de lazer para a prática de esportes durante o processo de reabilitação.

Acompanhados pelo supervisor de reabilitação esportiva do CEIR, Childerico Robson, os pacientes que tiveram um dos membros inferiores amputado jogaram uma partida de futebol com alguns diretores e advogados da Ordem e mostraram o quanto a prática de esportes pode contribuir com a reabilitação. 

“Nós queremos somar parcerias, sempre com objetivo de dar maiores oportunidades de inclusão e reabilitação para estes pacientes. Agradecemos a iniciativa da OAB e o convite para utilizar as dependências do clube neste processo que é tão importante”, pontuou Childerico Robson.

O presidente William Guimarães reforçou que “a OAB é Casa da Cidadania, e é muito gratificante poder contribuir, através dos seus diversos serviços, para a efetivação dos direitos destes pacientes, como por exemplo: o esporte e o lazer”.

A prática de esportes é uma das terapias oferecidas aos pacientes do Centro, que também praticam a capoeira, basquete, natação e outros.

Fonte: OAB/PI

terça-feira, 3 de junho de 2014

Entrevista - Programa Falando Nisso


O educador físico, Childerico Robson, participou do programa da rede Meio Norte, Falando Nisso, apresentado por Maia Veloso, na última segunda-feira (02). Convidado pela equipe do programa, ele descreveu a rotina dos paratletas do Piauí e como o trabalho de reabilitação desportiva tem motivado os pacientes a vencer desafios.

Como Coordenador de Reabilitação Desportiva do Ceir, Childerico falou da importância que a Centro Integrado de Reabilitação tem dado à reabilitação desportiva e dos excelentes resultados que os paratletas têm conquistado. Dentre as modalidades de destaques: natação, futebol de amputados e basquete de cadeiras de rodas.

Confira na íntegra a entrevista concedida a Maia Veloso no programa Falando Nisso.



Fonte: Falando Nisso

sábado, 17 de maio de 2014

Laboratório Bioanálise Promove Neutralização de CO2


O Laboratório Bioanálise realizou nesta manhã de sábado, 17 de maio, a neutralização de CO2, através do plantio de árvores nativas, na avenida Cajuína, próximo ao balão do Teresina Shopping. Crianças, jovens e adultos tiveram a oportunidade de auxiliar no trabalho de proteção do meio ambiente. A prática do reflorestamento é fundamental para o combate às mudanças climáticas.

De acordo com Yael, gerente de Recursos Humanos do Bioanálise, a ideia é plantar cerca de 350 mudas no local. “É importante reforçar nossos princípios com o meio ambiente, por isso convidamos nossos filhos e parceiros. Inserir esses conceitos nas ações cotidianas, é uma obrigação de todos”, destaca.

As árvores também reduzem a erosão do solo e contaminação da água. São muitos benefícios, por isso o Laboratório Bioanálise promove a neutralização desde 2009 e a cada ano o evento tem reunido mais pessoas. Para Margarida Simplício, chefe de Educação Ambiental da SEMAM (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), a empresa dá uma exemplo de consciência ambiental. “São poucas empresas em Teresina que se mostram preocupadas com a situação da natureza. Ficamos orgulhosos em apoiar essa iniciativa e o Bioanálise faz o seu papel, preservando a fauna e a flora”, afirma.

A iniciativa é uma realização do Laboratório Bioanálise com o apoio da Prefeitura Municipal de Teresina, através da SEMAM.

FONTE:  www.bioanalise.com.br

terça-feira, 22 de abril de 2014

Paratletas piauienses são destaque em competições


Ninguém tem dúvidas de que o esporte é um grande aliado no processo de reabilitação de pessoas com necessidades especiais. Por causa disso, hoje ele é usado frequentemente pelos centros de reabilitação e demais locais que atendem pessoas com algum tipo de limitação. No Piauí, além de outras práticas esportivas que já vem sendo bastante difundidas entre os paratletas, o parabadminton vem ganhando espaço entre esse público.

O esporte chegou a Teresina no ano de 2010 e desde então a adesão só vem crescendo e já se tornou aliado na recuperação da autoestima, melhoria da socialização, agilidade e coordenação motora de quem tem algum tipo de necessidade especial. “O esporte em si já é muito prazeroso e quando a pessoa com deficiência física ou mental vê pessoas como ele fazendo a mesma coisa e sendo capaz de praticar aquele esporte, isso faz muito bem a eles”, disse o diretor de Parabadminton, na Confederação Brasileira de Parabadminton e treinador da equipe do Instituto Federal do Piauí (IFPI), Tamyack Alves Macedo.

Ele explica que existem os praticantes com deficiência física e aqueles com deficiência mental. Dentro da deficiência física, existe a modalidade dos cadeirantes e aqueles que só tem limitações nos membros superiores e jogam em pé e há ainda os que usam prótese nos membros inferiores.
No Piauí, esse esporte já é praticado em instituições como a Associação de Amigos dos Autistas (AMA), no Instituto Federal do Piauí, dentre outras.

Quem também começa a dar os primeiros passos na difusão e uso desse esporte como método de terapia para quem tem limitações físicas ou motoras é o CEIR (Centro Integrado de Reabilitação). Praticado há poucas semanas, o esporte parece já ter conquistado quem faz reabilitação no Centro.

A prática do esporte no Ceir iniciou por causa da competição nacional que será sediada em Teresina, no final desse mês. O Centro montou um time para participar do campeonato, mas depois disso, o esporte deverá entrar na lista de atividades praticadas no local.

“Os paratletas do Ceir tiveram um desempenho muito bom e, por causa disso, nós achamos interessante formar esse time e colocá-los na competição. A ajuda do esporte na recuperação de quem está em processo de reabilitação é muito grande e vamos ver a possibilidade de inserir o Parabadminton no Ceir. Por ser um esporte barato, nós não precisaremos de grandes esforços financeiros”, afirmou o supervisor de reabilitação esportiva do Ceir, Childerico Robson.

Apesar de ser uma modalidade relativamente nova no Piauí, o parabadminton não é usado apenas como forma de reabilitação e socialização de pessoas com necessidades especiais. O estado já tem bons resultados para apresentar, quando o assunto são competições esportivas. Diante disso, as expectativas para o Campeonato Brasileiro de Parabadminton, que pela primeira vez acontecerá em Teresina, entre os dias 26 e 27 de abril, são muito boas.

O estado vai participar com quatro equipes e a expectativa é que os resultados superem aquele registrado no último Campeonato Brasileiro, que aconteceu na cidade de Fortaleza, no Ceará, no ano passado. Na ocasião, o Piauí foi bronze três vezes. “Sei que essa será uma competição difícil, mas o Piauí tem muitas chances de chegar ao pódio e com uma colocação ainda melhor do que no ano passado”, disse Tamyack.

O Campeonato Nacional de Parabadminton acontecerá no Theresina Hall e já conta com inscrições de atletas do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, além do Piauí. A inscrição custa R$ 40,00 e pode ser feita através do site www.badminton.org.br ou no email parabadminton@badminton.org.br.

“As pessoas devem participar, não só aquelas que competem, mas o público também. Elas verão que o parabadminton não é tão simples, mas um esporte de superação. Ele requer mais do paratleta do que o badminton requer dos seus praticantes”, finalizou o diretor de Parabadminton, na Confederação Brasileira de Parabadminton.

Fonte: www.meionorte.com

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Atletas do Ceir surpreendem técnicos na seleção para Campeonato Brasileiro de Parabadminton

  
Os paratletas do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) participaram, nesta quarta-feira (9), da seletiva para o Campeonato Brasileiro de Parabadminton, que pela primeira vez acontecerá em Teresina, entre os dias 26 e 27 de abril.

Foi a primeira vez que os atletas do Ceir tiveram contato com a peteca do Parabadminton. Os resultados, de acordo com o técnico da Confederação Brasileira de Parabadminton, Tamyack Macedo, foram surpreendentes.

“É incrível a facilidade que eles tiveram de se adaptar ao Parabadminton. Não é um esporte fácil e requer muito preparo físico. Sem dúvida, as atividades de reabilitação que eles fazem aqui no Ceir contribuem para essa rápida adaptação”, destaca o treinador Tamyack Macedo.

O paratleta Joelson Pessoa, que participou da primeira etapa da seletiva, falou que o Parabadminton é mais um desafio para sua carreira de atleta, iniciada no Ceir. “Sempre que tem um esporte novo oferecido pelo Ceir eu quero participar. O esporte ajuda bastante na minha reabilitação e agora quero ganhar títulos também no Parabadminton”, afirma.

De acordo com o educador físico Childerico Robson, dois ou três atletas do Ceir devem ser selecionados para a disputa do Campeonato Brasileiro. “Como eles ainda estão conhecendo as regras do esporte, devemos realizar mais seletivas até o início do Campeonato Brasileiro. Vendo essa rápida adaptação dos pacientes ao Parabadminton, sem dúvida o Ceir será representado com dois ou três atletas no Campeonato”, comenta.

O Campeonato Nacional de Parabadminton acontecerá no Theresina Hall e já conta com inscrições de atletas do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, além do Piauí. A inscrição custa R$ 40,00 e pode ser feita através do site www.badminton.org.br ou no e-mail parabadminton@badminton.org.br.

Parabadminton: Atletas do Ceir participam de seletiva nacional

A convite de membros da Confederação Brasileira de Parabadminton, os paratletas do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) estão participando da seletiva para o Campeonato Brasileiro de Parabadminton, que pela primeira vez acontecerá em Teresina, entre os dias 26 e 27 de abril. Além de participarem da competição, a ideia é ver a adaptação dos pacientes do Ceir para o esporte e, quem sabe, implantar a modalidade no programa de reabilitação oferecido pela instituição.

A convite de membros da Confederação Brasileira de Parabadminton, os paratletas do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) estão participando da seletiva para o Campeonato Brasileiro de Parabadminton, que pela primeira vez acontecerá em Teresina, entre os dias 26 e 27 de abril. Além de participarem da competição, a ideia é ver a adaptação dos pacientes do Ceir para o esporte e, quem sabe, implantar a modalidade no programa de reabilitação oferecido pela instituição.

Uma nova rodada da seletiva está marcada para esta quarta-feira (9), às 10h30, no auditório do Ceir. O trabalho vem sendo direcionado aos paratletas que já atuam na seleção de basquete para cadeirantes, formada por pacientes em reabilitação no Ceir. Paulo Roberto Lima, de 41 anos é um desses atletas e participou da primeira etapa da seletiva, realizada no início desta semana.

“A prática do basquete me ajuda na parte cognitiva e motora, por isso vejo com bons olhos a oportunidade de praticar mais uma modalidade esportiva. Estou tentando pegar o jeito do jogo e acho que vai dar para encarar a competição”, diz Paulo Roberto, que tem 41 anos e há cinco anos perdeu parte dos movimentos das pernas por conta de uma doença congênita. Desde então, ele precisa de uma cadeira de rodas para se locomover e faz tratamento de reabilitação no Ceir.

O educador físico Childerico Robson, coordenador da Reabilitação Desportiva do Ceir, afirma que, além de descobrir possíveis paratletas do badminton na competição, a seletiva pode resultar na inclusão da modalidade entre as que já ajudam na reabilitação de pacientes no Centro, a exemplo do basquete, futebol, capoeira e natação. “A modalidade pode contribuir com a reabilitação e tem baixo custo para implantação. Vamos ver os resultados na competição”, completa Childerico.

O treinador e organizador do Campeonato Nacional de Parabadminton, Tamyack Macedo, também aposta na viabilidade da parceria entre o Ceir e a confederação. “Aqui em Teresina temos outros dois locais com a prática do parabadminton e um time no Ceir viria para reforçar a modalidade no Estado, a fim de formarmos uma seleção piauiense”, diz Tamyack Macedo.

O Campeonato Nacional de Parabadminton acontecerá no Theresina Hall e já conta com inscrições de atletas do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, além do Piauí. A inscrição custa R$ 40,00 e pode ser feita através do site www.badminton.org.br ou no email parabadminton@badminton.org.br.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Capoeiristas do CEIR participaram de homenagem ao Dia das Mulheres

Por: Eduardo Marchão

Os pacientes do Centro Integrado de Reabilitação (CEIR) – que praticam capoeira – participaram, ontem (8), de uma homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, comemorado na mesma data. A atividade aconteceu em um shopping, localizado na zona Leste da capital.

Segundo o coordenador do setor de Reabilitação Desportiva do CEIR, Childerico Robson, é a segunda vez que os capoeiristas do CEIR participam do evento. “Já podemos dizer que é tradição participarmos do intercâmbio. E esta nossa participação é muito importante, pois as nossas crianças abrilhantam ainda mais este evento”, ressalta.

Lidiane Santiago, mãe da pequena Polyana Santiago, de 3 anos, que tem deficiência auditiva e paquigiria, afirma que a filha fica ainda mais feliz em dias de apresentação da capoeira. “A capoeira do CEIR tem ajudado muito na reabilitação da minha filha e facilitou mais ainda a coordenação motora e o fortalecimento de sua musculatura”, explica.

Organizado pelo Grupo Raízes do Brasil, a quarta edição do Intercâmbio Feminino Cultural contou, também, com a participação de cerca de 120 mulheres de mais 16 grupos de capoeira de Teresina, Parnaíba, Luzilândia, além de mestres de outros estados como Amapá, Pará, Goiás, Pernambuco, Ceará e Santa Catarina.

Idealizado pelo professor Carlos Evandro, o “Morada”, e por sua esposa, a professora “Tera”, o evento surgiu da necessidade de unificar as mulheres capoeiristas, independente de grupos e escolas. “Cada ano, aumentamos o nosso número de participantes e, neste ano, em especial, conseguimos colocar o nosso intercâmbio dentro da programação do Dia Internacional da Mulher aqui no Shopping”, finaliza o professor Morada.

Atualmente, a capoeira do CEIR conta com 35 pacientes, com idade entre um ano e meio e 25 anos. A Reabilitação Desportiva do Ceir atende uma média de 150 pacientes e oferece a prática de esportes em modalidades como natação, futebol, basquete e capoeira.

FONTE: www.r2.jor.br 

sábado, 22 de fevereiro de 2014

"Não vejo limites para pacientes, vejo potencialidades", diz preparador de PCDS em entrevista ao portal Capital Teresina

No dia que disserem que vão colocar atletismo no Ceir, vou colocar eles para correr.

Por: Claryanna Alves


Childerico Robson é formado em Educação Física e pós-graduado em Atividade Física e Saúde pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Teve o seu primeiro contato com a atividade física para pessoas com deficiência ainda de forma particular e depois construiu sua vida profissional de competição paradesportiva no Centro Integrado de Reabilitação (Ceir). O profissional, que se emociona ao falar das conquistas de seus atletas, conseguiu levá-los para competições nacionais, nas quais ganharam várias medalhas para o Piauí em diversas categorias.

Capital Teresina: Quando foi o seu primeiro contato com a reabilitação a partir da educação física?

Childerico Robson: Meu primeiro contato com atividade física como profissional foi através de um cliente que eu tinha de personal. Ele teve um probleminha na família e me confiou à tarefa de treinar essa pessoa dentro da atividade física. Foi ele que me oportunizou esse primeiro contato profissionalmente, me confiou a tarefa de fazer atividade física com esse garoto e, graças a Deus, tivemos êxito durante esse tempo que ficamos juntos. Foi uma atividade bem prazerosa e que, pra mim, como educador físico e como nova área de trabalho, foi bem interessante já que depois daquele paciente vieram outros pacientes.

CT: Como foi encarar esse desafio profissional?

CR: Novos desafios, novas atividades, a busca pelo conhecimento e por um campo de trabalho até então pouco explorado dentro do Estado. Essa atividade ainda se resumia muito a instituições, não se tinha muito conhecimento de pessoas fazendo isso no âmbito particular. Quando se fala em deficiência, em reabilitação, se pensa em fisioterapia e, nesse momento, estamos incluindo no processo de reabilitação a questão da atividade física mesmo como busca de coordenação e todos os benefícios que a atividade física pode trazer.

CT: Porque resolveu desenvolver o seu trabalho no Ceir? E como tem sido essa experiência?

CR: Ao longo desse trabalho, que comecei a desenvolver há praticamente 15 anos atrás, tive contato com outros profissionais de outras áreas em ações multidisciplinar e, quando houve o processo seletivo para o Ceir, esses profissionais que trabalhavam comigo me alertaram. Num primeiro momento não era um desejo meu trabalhar aqui, apesar de já possuir uma agenda bem vasta de pacientes deficientes. Mas acabei fazendo a inscrição no último dia, na última hora e no último minuto; tanto que achei que minha inscrição nem iria ser efetivada. Para a minha surpresa fui aceito e pude concorrer no concurso. E passei! Passamos pelo treinamento na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). Em 2006 passamos um mês conhecendo a dinâmica lá, um pouco da filosofia, um pouco da sistemática de trabalho dentro do processo de reabilitação de deficientes físicos na AACD.

Faço agora seis anos de atendimento no Ceir. De lá para cá tive muito crescimento profissional, além do crescimento pessoal. O trabalho da reabilitação está mais direcionado para ir atrás dessa emoção de estar interagindo com o paciente de forma a ter um companheiro, um amigo. Eu procuro trabalhar um pouco dessa forma. Não me apego muito a literatura. É uma coisa que tem que ter, mas acho que o algo a mais da reabilitação está dentro do peito, dentro do coração, é a vontade que você tem de lidar com o paciente, a vontade que você tem de mostrar pra ele a segurança e a certeza que ele vai conseguir fazer as coisas que estamos propondo. Não vejo limite para nenhum paciente. Não vejo as deficiências dos pacientes. Vejo só suas potencialidades. Deficiência todo mundo tem, talvez uns tenham isso mais aparente do que outros, mas deficiências sempre irão acontecer. E eu me enquadro nesse perfil: tenho minhas deficiências, talvez não seja tão aparentes ou físicas, mas elas existem.



CT: Como você avalia os seus desafios diários com seus pacientes?

CR: Eu procuro não estabelecer uma relação muito direta com a questão da avaliação porque eu acho muito rígido. Pode chegar aqui um paciente que, dentro do parâmetro cientifico, não poderá não fazer algo. E não vou limitar o paciente por conta disso. Darei, pelo menos, o bônus da dúvida para ele. Quero que ele tente. Já tivemos aqui um caso que o paciente chegou aqui sem a menor perspectiva de nada. Mas nós o recebemos, conseguimos fazer uma troca muito boa e esse paciente conseguiu nadar. A própria mãe relata que foram 18 anos sem andar. Ele nunca tinha andado na vida. Depois passou a acreditar e ele começou a criar o algo mais. Começou na natação e hoje ele anda! Não anda perfeitamente, mas anda empurrando a cadeira de rodas com a mãe sentada. Acho que reabilitar é um processo muito longo. Reabilitar não se limita apenas a literatura.

CT: Como é sua relação com seus pacientes?

CR: Acredito que aqui nós temos não só pacientes, mas temos amigos, parceiros. Eu os trato como se fossem da minha família. Faço questão também que os meus filhos estejam sempre interagindo com eles, pois é uma forma de aceitar e compreender melhor a diversidade que a vida tem. No dia-a-dia sou mais aluno do que professor. Tenho muito a aprender: disposição, vontade, garra... Um dos trabalhos que faço aqui é pedir ajuda aos empresários, ao governo e aos amigos para realizar sonhos atrás vez do esporte, competindo. Por exemplo, agora no Corso, quisemos arrumar um rei e uma rainha para o caminhão da acessibilidade. Fui lá pedir a roupa do rei e da rainha. Não tenho vergonha de pedir se for pra eles. Se for pela causa eu vou lá e peço mesmo. Venho conseguindo por que acho que a seriedade do nosso trabalho aqui nos tem dado bastante credibilidade.

CT: Quais são as atividades que vocês desenvolvem aqui no Ceir?

CR: Aqui no centro de reabilitação eu supervisiono a reabilitação esportiva, eu e mais três terapeutas. Nós temos as mais diversas atividades dentro do contexto. A natação hoje é o carro chefe do Ceir. As atividades hoje que desenvolvendo são: basquete de cadeira de rodas,  futebol de amputados, natação, hidroginástica, nós tínhamos a dança e o tênis de mesa, mas por pouca demanda nós tivemos que encerrara-las temporariamente, e temos também a capoeira. Na capoeira temos 35 garotos que vão de um a 26 anos, hoje são mais de 500 apresentações. A capoeira talvez seja a nossa atividade que tem mais projeção.

Esse ano a gente tá com o projeto de implantar o futebol para paralisia cerebral (PC) porque nós temos muitos garotos aqui que querem jogar bola e, infelizmente, as escolinhas ainda não estão recebendo esses garotos. Não sei o que acontece hoje dentro da atividade física, se busca muito o lado competitivo. Não quero criticar, mas tenho aqui meninos carentes que precisam estar inseridos também nesse contexto. Isso não está acontecendo lá fora? Não tem problema. Nós trazemos para cá, trabalhamos, mostramos que é possível e divulgamos. Um dos nossos trabalhos também é desmistificar para que eles possam desenvolver essa atividade também. Como desmistificar? Marcando jogos com PCs nas escolinhas. Eu acho que só o fato de eles irem até os jogos já é uma vitória. Não se trata apenas do placar. “Ah, mas perdemos de 50 a 0”. Não tem problema, porque nós estamos dando de 100 a 0 em quem não quis aceitar ele lá.

CT: Quando você resolveu tirar os seus pacientes do Ceir e leva-los para competir?

CR: Tudo começa lá reabilitação esportiva. Fomos vendo que alguns pacientes demonstravam muita habilidade na natação e vimos que tínhamos condições de fazer algo por eles. Então, lançamos as equipes competitivas. Em 2009, levamos uma paciente nossa em uma etapa do circuito norte/nordeste do paraolímpico brasileiro. E, de primeira, já ganhamos duas medalhas de ouro. Foi bom para a paciente que estava competindo, foi bom pra mim que vi que era por ali que tínhamos que andar. Foi aí que começou tudo, virou um vício e não parou mais. Começamos a selecionar dentre os pacientes com mais habilidades, aqueles que tinham interesse pela competição. Nós começamos a trabalhar nesse meio e foi interessante porque o circuito já virou rotina. Eles ganham em torno de oito a quinze medalhas nas competições, dependendo do número de pacientes que consigo levar. Isso, para mim, é muito bom. Para eles e para os outros que estão aqui ao redor vendo, ajuda bastante na autoestima. 

Espero que com a paraolimpíada venha uma melhora para nós. Hoje nós treinamos em uma piscina de 10m. Quando chegamos em competições e relatamos que temos só essa, não acreditam. Uma comissão já esteve aqui e constatou isso. Eles não acreditam que os nossos competidores conseguem competir de igual para igual tendo só essa piscina. Esses meninos são fenomenais! Aí imagina se eles tivessem, que é o meu grande sonho, uma piscina de 25m? Mas é assim mesmo, nós vamos chegando lá dentro das nossas limitações.


CT: O Piauí incentiva o paradesporto?

CR: Hoje o Ceir, dentro de suas limitações, apoia a reabilitação esportiva. Mas chega um momento que não dá, temos que correr atrás do governo realmente. Acabamos tendo um pouco de custo quando entra no campo competitivo e o custo é diferenciado quando, por exemplo, a capoeira precisa de uniforme, corda, de pagar um evento onde trazemos outros capoeiristas para dar mais estrutura; isso tudo tem um custo. Dia 15 de dezembro, nós fizemos uma apresentação de final de ano na Ponte Estaiada. O Dr. Silvio, da BioAnálise, estava passando e se emocionou, como todo mundo que estava presente, e como meu ex-aluno de uma academia que eu trabalhava, ele me parou e perguntou o que ele poderia fazer para ajudar. Então, fizemos uma parceria com o laboratório, que nos apoia no projeto da capoeira. Esse tipo de incentivo tem ajudado bastante não só na reabilitação desses pacientes, mas, principalmente, na questão da autoestima.

Com os meninos do futebol também foi uma luta. Nós conseguimos com a Fundação de Esportes do Piauí (Fundespi), acreditando no paradesporto, um ônibus que nos levou até Natal para disputar o Brasil Open. Ficamos em 4° lugar, perdemos a disputa pelo 3° lugar para o time da casa. Mas foi bom, mostrou que nós estamos no nível certo. As competições no futebol de amputados são sempre muito distantes, no sul do país, e acaba sendo muito caro. O paradesporto é a saída do centro de reabilitação, é a materialização de todo o nosso trabalho lá fora. Só o fato desses garotos chegarem aqui e poderem competir já é uma grande vitória. O resultado vem com o tempo.

CT: O piauiense reconhece as potencialidades dos paratletas do Estado?

CR: Aqui temos um grupo de deficientes praticando capoeira, não é um grupo de capoeira onde um deficiente se insere. As pessoas estão muito acostumadas a comprarem o que é de fora. Se você bota um deficiente físico lá fora jogando capoeira, tem um milhão de curtidas e um milhão de comentários. Mas se você coloca um grupo de 35 capoeiristas daqui, as próprias pessoas daqui acham normal. Isso é muito desmotivante para mim e para eles. A comunidade da capoeira não se envolve nesse trabalho. Hoje tenho um lado profissional bem desenvolvido para não achar que eles devem treinar só comigo. Há garotos que iniciaram comigo e treinam em outros grupos. Se eu ajudei eles de alguma forma, daqui há 60 anos quando lembrarem da capoeira, na história dele vai estar marcada a minha passagem, nem que seja por um dia, um segundo, não tem como negar. Nós estamos sempre querendo mais. No dia que disserem que vão colocar uma pista de atletismo no Ceir, vou colocar eles para correrem aqui; assim vou fazendo outro esporte e outro, e outro.

FOTOS: Gabriel Torres/CT