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terça-feira, 29 de outubro de 2019

Paratleta do Ceir conquista medalha no Campeonato Brasileiro de Natação

  A paratleta do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), Naiara Linhares, foi bronze nos 100 metros peito sb4 nesse fim de semana, durante o Campeonato Brasileiro de Natação, realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. A competição reuniu os melhores atletas do país de acordo com o ranking nacional
  Além da medalha, a piauiense ainda cravou 2’54″77, melhorando sua marca em 8 segundos. “Esta conquista veio para fechar o ano com chave de ouro. Superamos todas as dificuldades, elevamos o nível do treinamento e a resposta não podia ser diferente: baixou mais 8 segundos no tempo dela, atingindo a marca que esperávamos. Além disso, ela se credenciou para pleitear uma bolsa-atleta federal. Estamos muito satisfeitos. É uma conquista não só dela, mas de todos da Associação Reabilitar, do Ceir e de todos que acompanham, acreditam e apostam no nosso trabalho e no talento da Naiara”, diz Childerico Robson, educador físico e treinador da paratleta.

  A classificação dos participantes foi conseguida através do ranking nacional, cuja pontuação é obtida em competições qualificadas. Os atletas atingiram suas marcas em competições nas regionais – que foram em número de quatro (SP em fevereiro, Norte-Nordeste em março, Centro-Leste e Rio-Sul em abril) – ou nas duas etapas nacionais do Circuito no CT Paralímpico – realizadas em maio e julho.

Paratleta do Ceir vai representar o Piauí no Campeonato Brasileiro de Natação

  A paratleta do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), Naiara Linhares, viaja, nesta quinta-feira (24), para representar o Piauí no Campeonato Brasileiro de Natação, que ocorrerá de 25 a 27 de outubro, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. A competição encerra a temporada 2019 da Natação e conta com 317 atletas inscritos.

  A qualificação no Brasileiro foi alcançada pelo excelente resultado na etapa regional do Circuito Loterias Caixa, em março, em Sergipe, onde a paratleta conquistou o bronze nos 100 metro peito. Na mesma competição foi prata nos 50 metros livre e 100 metros costas e quarto lugar nos 50 metros costas.

“Essa é a última competição do ano e somente os oito melhores de cada prova têm o direito de participar. Entramos no ranking dos melhores com o tempo do começo do ano, evoluímos nossa marca e, agora, nossa expectativa é trazer um resultado expressivo ou até mesmo subir no pódio. Estamos finalizando a parte do treinamento com toda força e iremos fazer o nosso melhor nessa competição”, diz Childerico Robson, educador físico e terapeuta na Reabilitação Desportiva do Ceir e da Associação Reabilitar.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Exército premia melhores colocados na Corrida do Soldado

..... O professor Childerico Robson, do Grupo Iê Berimbau, coordena o Projeto Novos Titãs, voltado para crianças e jovens atendidos pelo Centro Integrado de Reabilitação (Ceir). Segundo ele, o grupo topou o desafio de abrir a corrida e inspirar os corredores. Após a competição, o grupo também fez uma roda de capoeira e integrou crianças e atletas. 

Grupo de capoeira Novos Titãs. (Foto: Elias Fontenele/O Dia)
"Procuramos oportunizar e mostrar para a sociedade que não existem barreiras e nem limitações. A gente procura um potencial nessa meninada. Se você busca aquilo que no seu parceiro é eficiente, você não vai estar percebendo as deficiências dele. Então viemos energizar e inspirar os corredores a darem o seu melhor. Sabemos que quem vem pra corrida é porque quer dar o seu melhor, quer fazer o menor tempo, quer terminar o percurso com tranquilidade, então a gente vem sempre no início das corridas para inspirar e trocar essa energia e no final a gente costuma fortalecer nossa participação com uma roda de capoeira, para que o público também veja um pouco mais do nosso trabalho", afirma.

FONTE: www.portalodia.com   - Matéria completa

terça-feira, 30 de julho de 2019

Naiara Linhares garante três bronzes nas Paralimpíadas Universitárias

No total, o Piauí conquistou cinco medalhas, sendo duas pratas e três bronzes na competição.


  O Piauí teve duas atletas participando das Paralimpíadas Universitárias 2019, que aconteceu no Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo. Auricélia Nunes (parabadminton) e Naiara Linhares (natação – Ceir). Ao total foram cinco medalhas: duas pratas e três bronzes. Naiara conquistou três bronzes, e de quebra baixou seu tempo em quase 10s garantindo índice para o Nacional.

Além de garantir três bronzes, Naiara ainda baixou significativamente seu tempo em uma das provas - Foto: Divulgação
  Naiara Linhares é um dos principais nomes na natação entre paratletas do estado, mas esse ano caiu pouco nas piscinas representando o Piauí por conta da falta de apoio. Além de garantir três bronzes, Naiara ainda baixou significativamente seu tempo em uma das provas. Foram quase 10 segundos a menos e com isso conseguiu índice para disputar o Brasileiro da modalidade.

Por: Pâmella Maranhão - Jornal O Dia

terça-feira, 23 de julho de 2019

CAPOEIRA EFICIENTE ENCANTA VISITANTES DA PRAIA DE VERÃO



  A Praia de Verão do Teresina Shopping foi presenteada na noite dessa última sexta-feira (19) com a apresentação de capoeira do grupo Novos Titãs. Formado por crianças que possuem algum tipo de deficiência, o Projeto Capoeira Eficiente abrilhantou a Nossa Praia emocionando todos os presentes por meio de toda dedicação e interação por meio do esporte.

  Em agradecimento, o professor responsável Childerico Robson reforçou a importância do espaço e dos familiares presentes. “Nós somos o grupo Iê berimbau e esse é o projeto que estamos inserindo dentro do grupo. Ele feito por todos vocês, mães e pais. Obrigado pessoal do Teresina Shopping pelo convite. Volto a frisar: nem todo herói usa capa”, declara o professor.

  Durante a participação na Praia de Verão, as crianças encantaram e reforçaram que o evento busca contemplar todas as pessoas que têm algum tipo de deficiência, levando alegria e diversão para elas e para os presentes. Francisco Herbet, aluno e colaborador do evento, destaca que a ação gera resultados positivos.


“As crianças se sentem acolhidas e integradas dentro da roda de capoeira. Traz muita autoestima também, tanto para as crianças quanto para os parentes. Fazemos essas ações de coração e sentimos que dá resultado quando vemos o sorriso delas. É algo que não tem preço. A intenção do nosso grupo é expandir para que possamos alcançar mais pessoas”, ressalta Francisco.

  O aluno Wagner, participava de um campeonato quando sofreu um impacto na perna, que levou ao surgimento de um tumor maligno e posterior amputação. Ele agradece o espaço na Praia de Verão pelo evento de inclusão. “Esses eventos são importantes e representam muito para mim. Ficar em casa me deixa triste e desanimado. Estar no meio da capoeira me renova”, declara Wagner.

  O pequeno Kauã Vitor é sempre contagiado pela magia que é jogar capoeira. Ansioso pelo evento, ele contou que estava muito animado. “Estou gostando muito daqui e o que eu mais gosto na capoeira é de dançar”, entusiasmado, ele externou.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

GRUPO DE CAPOEIRA NOVOS TITÃS PARTICIPA PELA PRIMEIRA VEZ DA PRAIA DE VERÃO




  O grupo de capoeira Novos Titãs participa pela primeira vez da programação da Praia de Verão do Teresina Shopping. No último domingo (14), os participantes do projeto encantaram a todos com a força de vontade e o espírito de equipe durante a volta inaugural da Corrida Indoor. Já nesta sexta (19), o grupo fará uma apresentação de capoeira que promete emocionar todos os visitantes da Nossa Praia a partir das 18h.

  Novos Titãs faz parte do Centro Integrado de Reabilitação (CEIR) e é composto por crianças que têm alguma deficiência que participam de forma interativa, levando diversão e esperança por onde passam por meio da prática esportiva. Há 11 anos no projeto, o professor de capoeira Childerico Robson reforça a importância de participar do evento e explica a essência do nome do grupo.

“Novos Titãs busca dar uma nova roupagem à capoeira, mostrando às pessoas que elas são iguais. Não buscamos rotular. Nossa ideia é mostrar que nem todos os heróis usam capa e que os participantes são heróis da superação. É algo para se perpetuar, porque é de grande valia para a sociedade”, externa o professor.

  Para Childerico, o objetivo é mostrar à comunidade que todos têm o direito e a possibilidade de participar da capoeira. “Mudamos a ideia de que a capoeira precisa ser agressiva ou que é necessário dar saltos mortais. Não, ela não é apenas isso. Mostramos que ela pode acontecer e se manifestar de modos variáveis, possibilitando formas de interagir. Fugimos da ideia do componente físico ser o essencial e fazemos um contrassenso. Isso, claro, dentro das possibilidades. Não é preciso agredir”, enfatiza Childerico.

  Além da capoeira, são desenvolvidas outras formas de interações, como a corrida de rua. As atividades têm por intuito tornar possíveis e saudáveis a relação das crianças com a família e a sociedade. “Não vejo deficiência. Encontro muita coisa bonita nisso tudo. É algo para se perpetuar, porque é de grande valia para a sociedade”, finaliza o professor.

terça-feira, 16 de julho de 2019

ADRENALINA E DESCONTRAÇÃO NA 1ª CORRIDA INDOOR PRAIA DE VERÃO DO TERESINA SHOPPING




  A Corrida Indoor Praia de Verão do Teresina Shopping foi incrível! Ao todo, 400 participantes fizeram todo o percurso dentro da área do shopping. A prova garantiu premiação para os três primeiros colocados gerais da categoria feminina e masculina, sendo distribuídos R$ 7 mil em prêmios e mais troféus: 1º lugar R$2 mil, 2º lugar R$ 1 mil e 3º lugar R$500.

  A prova foi realizada em duas voltas pelo entorno do estacionamento do shopping. Com várias curvas fechadas, desvios e até subidas e descidas íngremes, os participantes suaram para completar o percurso.

  Joilson Silva levou a primeira colocação geral e classificou-se em primeiro lugar na categoria masculina concluindo os 5 km em apenas 15 minutos. Ele treina os sete dias da semana e garante que a prova foi difícil. “O percurso teve muitas curvas, subidas íngremes no estacionamento garagem em um espaço restrito, o que prejudicou um pouco meu ritmo. Mas, mesmo com as dificuldades, os atletas amadores ficam inspirados nos corredores de elite”, comemorou.

  Na categoria feminina, a primeira colocada comemora a vitória e afirma que seus treinos são voltados a projetos muito maiores. Keyla Barros corre profissionalmente desde 2016 e conquistou a primeira colocação na categoria feminina. “Atualmente sou atleta guia do Comitê Paralímpico Brasileiro e faço treinos de até 200 km semanais, já pensando nas Paraolimpíadas de Tóquio 2020. Agradeço bastante a organização e sugiro que façam sempre, é muito bom para todos os corredores”, completou a atleta.

  Quem pensa que o circuito só tem lugar para jovens e super atletas se engana. O Sr. João Cordeiro tem 74 anos e foi o único na sua faixa etária a participar da competição. Fazendo os 5km em 33 minutos, ele treina desde 2010 e garante que todo esforço tem uma recompensa. “Toda graça não se recebe de graça. E pra chegar a essa idade, com 130 medalhas e 100 troféus é dizer que velhice não é doença. Você vai passar por ela [velhice], então se cuide e seja muito feliz na vida”, comemorou segurando o troféu com muito carinho.

  Além dos atletas profissionais, estiveram presentes também corredores iniciantes em provas com premiação. É o caso dos amigos Leonardo Bezerra e Fabiane Soares que chegaram cedinho para a concentração. “Enfrentamos a prova com o preparo de academia. Treinamos na esteira! (risos). É a primeira vez que estamos correndo em disputa”, comentaram.

  Já para Elaine Borges, também estreante em circuitos com premiação, o objetivo é se especializar, conhecer as estratégias dos grandes corredores e se desafiar para próximas possibilidades. “É a minha primeira experiência em corridas com premiação. E viemos em busca de experiência e perceber que podemos ir mais longe do que imaginávamos.” completou.

  Antes da aclamação no pódio, os presentes aproveitaram a festa com as atividades da Zumba, que contagiou corredores e familiares.

Novos Titãs

  Abrindo a corrida, crianças e adolescentes do projeto Novos Titãs encantaram a todos com a força de vontade e o espírito de equipe durante a volta inaugural da Corrida Indoor.

  Childerico Robson, professor de capoeira e coordenador da equipe, comenta que o projeto tem aproximadamente 30 integrantes, desde crianças com 2 anos até jovens de 25 anos, todos com alguma deficiência. “O projeto Novos Titãs tem aproximadamente um ano com circuito de corrida de ruas. O nosso grande objetivo é fazer com que os pais e crianças possam sentir a mesma emoção que qualquer corredor, a mesma adrenalina. E é por isso que realizamos esse trabalho”, celebrou o professor.

  A programação da Nossa Praia segue até o dia 4 de agosto com muita música, danças, esporte, jogos e brincadeiras para todas as idades. Fique ligado em nossas mídias e acompanhe a programação diariamente.


sexta-feira, 31 de maio de 2019

DIA MUNDIAL SEM TABACO


“Superação” é tema de debate do Programa de Tratamento de
 Tabagismo do HU-UFPI

Sob o tema “Foco na Superação”, evento contou com palestras relacionadas ao assunto, sempre na 
perspectiva de vencer desafios, como parar de fumar. Em 11 anos, Programa já atendeu cerca 
de 1500 pessoas com êxito no tratamento de mais de 50%. Para participar, os fumantes 
precisam fazer um cadastro, de forma voluntária, pessoalmente ou pelo telefone 3228 5353.
Tratamento dura um ano.

O HU-UFPI O Hospital Universitário 
da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI),
filiado à Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares (Ebserh), realizou nesta quinta 
(30) atividade alusiva ao Dia Mundial sem
Tabaco – 5º Encontro dos Participantes 
do Programa de Tratamento de Tabagismo 
do Hospital.

Sob o tema “Foco na Superação”, o evento contou 
com palestras relacionadas ao assunto, sempre na 
perspectiva de vencer desafios, como parar de fumar. 
“Há medos e incertezas, mas é preciso acreditar e ser acreditado e ter uma boa equipe, neste sentido,
é muito importante”, disse o educador físico Childerico Robson, do Centro Integrado de Reabilitação
(Ceir), em palestra que contou com a participação da nadadora Nayara Linhares, de quem Childerico 
é técnico. “Sempre temos algo a superar no dia a dia, isso nos leva para a frente, completou a
para-atleta, 5ª colocada no ranking nacional em sua categoria.

  O superintendente do HU-UFPI, médico e professor da UFPI, José Miguel Parente, e o também
médico e professor aposentado da Universidade, Francisco Teixeira Andrade, criador do Programa
de Tratamento de Tabagismo, participaram da abertura do evento. “É um momento em que o esforço
e sucesso dos participantes do programa em abandonar o hábito tabágico é reconhecido e divulgado,
como incentivo para que mais e mais pessoas se incluam num estilo de vida mais saudável e 
inclusivo”,lembrou o psiquiatra Ediwyrton Barros, chefe da Unidade de Atenção Psicossocial, onde o 
Programa está instalado.

  Em 11 anos, O Programa de Tratamento de Tabagismo do HU-UFPI já atendeu cerca de 1500 pessoas 
com êxito no tratamento de mais de 50% de seus participantes e integra a Política Nacional de 
Controle do Tabagismo (PNCT), articulada pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional
do Câncer (Inca), e conta com profissionais nas áreas de medicina, enfermagem, psicologia,
nutrição, serviço social, terapia ocupacional, farmácia e educação física. “Resgatei o valor de
me trabalhar fisicamente, de me incluir”, comenta Gleividson Gomes, fumante por 
quase 20 anos e que abandonou o cigarro após se integrar ao Programa.

  Para participar do Programa, os fumantes precisam fazer um cadastro, de forma voluntária,
pessoalmente ou pelo telefone 3228 5353. O tratamento dura um ano e ocorre em grupos de
15 pacientes, que são acompanhados por uma equipe multiprofissional. “Temos uma equipe
dedicada e experiente, além de um bom banco de dados, importante para estudos, pesquisas 
e avaliações de resultados”, afirma Raul Rios, da equipe de psicólogos do HU-UFPI.

  Segundo dados do Inca, o câncer de pulmão é o mais comum no mundo e o tabagismo é 
diretamente responsável por 80% das mortes por câncer de pulmão e 30% das mortes por 
outros tipos de câncer, como de boca, faringe, laringe e estômago. "Deve-se enfatizar que a 
interrupção do hábito tabágico está associada não apenas a benefícios para a saúde física,
tais como redução do risco de cânceres, infarto e derrames, mas também à melhora de 
importantes aspectos da saúde mental, a exemplo do incremento da autoestima, maior 
conforto nas relações sociais e sensação aumentada de autodeterminação", explica 
Adriano Tubinambá, médico psiquiatra do HU-UFPI.

Sobre a Ebserh

  Desde abril de 2013, o HU-UFPI é filiado à Ebserh, estatal vinculada ao Ministério da Educação
que atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é promover, em parceria com
as universidades, o ensino, a pesquisa e a extensão nas unidades filiadas, além de aperfeiçoar 
os serviços de atendimento à população, por meio do SUS.


A empresa, criada em dezembro de 2011, administra atualmente 40 hospitais e é responsável 
pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais 
(Rehuf), que contempla ações nas 50 unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.


segunda-feira, 20 de maio de 2019

Paratletas do Ceir participam da Corrida Fenae do Pessoal da Caixa

  O Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) levou seus paratletas para participarem da 11ª edição da Corrida Fenae do Pessoal da Caixa, realizada neste domingo (19). Os pacientes do Ceir participaram de uma corrida inclusiva, em uma categoria criada especialmente para pessoas com deficiência físico-motoras, a Superação, realizando um circuito de 3 km, na Avenida Presidente Kennedy.



  Profissionais do Ceir e familiares dos pacientes participaram da corrida junto com os paratletas, garantindo o atendimento das necessidades específicas de cada um e promovendo a inclusão de todos durante o evento



  Rosana Lima, mãe da Sofia, que tem 7 anos de idade e é cadeirante, destaca que a participação da filha na corrida é uma maneira de dar visibilidade para as pessoas com deficiência, contribuindo para a promoção da acessibilidade.

“Eventos como esse são um exemplo de que a inclusão social é possível para todos. É importante que as pessoas tomem consciência de que nossas crianças existem e possuem o direito à mobilidade e o acesso a qualquer ambiente”, comenta Rosana.



  João Ricardo, que tem 10 anos e é acompanhando pelo Ceir desde o seu nascimento, agradeceu ao professor Childerico Robson, que acompanha os paratletas em diversas atividades esportivas e coordena o grupo de capoeira do Ceir, do qual ele participa.

“É muito emocionante vir pra cá, porque o professor Childerico sempre ajuda a gente. Eu já ganhei várias medalhas nas competições de futebol, e hoje conquistei mais uma, agora na corrida”, diz João Ricardo.



  De acordo com o professor Childerico, a maioria dos participantes estão sendo acompanhados pelo Ceir há mais de cinco anos, e muitos já possuem um extenso currículo de participações em eventos esportivos, com ótimos resultados.

“Dá pra ver a alegria no rosto de cada um a cada competição. As famílias e os nossos paratletas são dedicados, e estão sempre superando os desafios. É direito deles sonhar e participar de qualquer tipo de atividade, por isso agradecemos ao convite da organização do evento para estarmos aqui hoje”, declara Childerico.


  Após a corrida, o grupo do Ceir realizou uma roda de capoeira, promovendo a interação com os outros competidores da Corrida Fenae do Pessoal da Caixa. A presidente da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal do Piauí (APCEF/PI), Glória Araújo, agradeceu a participação dos pacientes do Ceir, e reforçou o convite para que o grupo esteja presente nas próximas atividades da Associação.

“Nós é que agradecemos a presença dos paratletas do Ceir, que vieram abrilhantar ainda mais a nossa Corrida, trazendo também essa animada roda de capoeira. No dia 8 de junho, aguardamos todos aqui para a nossa festa de São João! Serão todos muito bem-vindos!”, finaliza Glória Araújo.




quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Paratletas do Ceir ensinam sobre superação

  O Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) possui uma série de serviços de reabilitação e terapia, entre eles a Reabilitação Esportiva. É através desse serviço que os atletas Nayara Linhares, Marcos Jeane e Auricélia Nunes treinam e fazem atividades físicas. Neste domingo, dia 10 de fevereiro, é comemorado o Dia do Atleta Profissional e vamos conferir as histórias desses três paratletas, que encontraram no esporte mais uma forma de superação.


  A jogadora de parabadminton Auricélia Nunes, de 40 anos, diz que “todo dia é dia aprender uma coisa nova”. A vida dela tem sido assim, desde que foi vítima de um erro médico e perdeu os movimentos das pernas. Sofrendo de depressão e com dificuldades de aceitar a nova condição, Auricélia encontrou no esporte o incentivo que lhe faltava para continuar a vida de forma ativa e feliz.

“Eu entrei em depressão quando descobri que não ia caminhar mais. Não aceitava que ninguém me visse na cadeira de rodas, eu morria de vergonha, mas, com o incentivo da minha mãe, eu aceitei o convite da Laize, uma paratleta, para conhecer o badminton. Fui muito bem recebida e, com apenas seis meses de treino, participei da minha primeira competição nacional e fiquei com o segundo lugar. O parabadminton me apresentou uma nova forma de viver. Hoje eu enxergo a vida de outra forma, conheço outras pessoas que têm mais problemas do que eu e que são felizes, então eu aprendi a valorizar mais a minha vida”, garante.

  Atualmente, além do parabadminton, Auricélia Nunes pratica natação, corrida de rua em cadeira de rodas, musculação e halterofilismo, chegando a levantar 100kg. “Hoje eu faço parte da Seleção Brasileira de Parabadminton e estou indo para a Turquia, pois estamos na corrida para as Paraolimpíadas. Estou na expectativa de me classificar e vou me esforçar para conseguir isso, estou treinando muito”, diz.

  A vida não foi diferente para o nadador Marcos Jeane, 1º lugar no ranking nacional da prova 50 metros nado peito, na categoria SB3. Aos 17 anos, Marcos teve os braços e penas amputados devido a complicações de uma meningite. Hoje, ele diz que ser um paratleta significa superação e que espera motivar as pessoas a se superarem. “Estou treinando e dando o meu melhor. Nas viagens que eu pude fazer com o esporte, vi pessoas com mais problemas do que eu nadando e isso me deu ainda mais força. Pensei que, se eles conseguem, eu também consigo. O incentivo é fundamental para que eu possa continuar. O esporte, para mim, significa motivação. Ver as pessoas nadando me motiva e eu também sou uma motivação para muita gente; quero mostrar para os outros que, mesmo com as dificuldades, a gente não deve desistir, tem que seguir em frente de cabeça erguida”, fala.

  Já Nayara Linhares teve que aprender a se superar desde cedo. Prematura, ela ficou sem os movimentos das pernas em virtude de uma paralisia cerebral. Hoje, com 26 anos e prestes a concluir o curso de Direito, Nayara coleciona medalhas de competições nacionais e se orgulha de estar na 5º posição no ranking nacional da prova 100 metros nado peito, categoria SB4. “A natação é sinônimo de superação, através dela eu descobri que posso fazer o que eu quiser. Eu tenho 26 anos e, depois que entrei aqui e virei atleta, descobri uma nova pessoa, cheia de possibilidades, de objetivos a cumprir. Hoje eu faço faculdade, coisa que eu nem pensava. Então, se eu posso nadar, o que eu nunca imaginei que conseguiria, eu posso fazer qualquer coisa”, afirma.

  O treinador da equipe de Reabilitação Desportiva do Ceir, Childerico Robson, se orgulha dos resultados dos atletas e garante que o seu papel vai muito além de prepará-los fisicamente. “Muitas pessoas não gostam dessa afirmação, mas o treinador reúne muitos papeis em torno de uma figura, o treinador é o amigo, o inimigo, o parente mais próximo, a família, o conselheiro, o psicólogo, às vezes é os braços e pernas dos meninos. Isso acontece porque a gente passa muito tempo junto. Às vezes, sabemos de coisas que ninguém mais sabe, nem a própria família, pois o laço de confiabilidade é muito grande”, garante.