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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Projeto ‘Conhecendo os Esportes’ apresenta duas modalidades no Ceir

Possibilitar que os pacientes atendidos pelo Ceir (Centro Integrado de Reabilitação) conheçam e pratiquem novas formas de atividades físicas. Esse é o intuito do projeto ‘Conhecendo os Esportes’, idealizado pela equipe de reabilitação física do Ceir, que na manhã da última sexta-feira (27), apresentou duas novas modalidades a todos da instituição: levantamento de peso e tiro esportivo.

Sob orientação do presidente do Clube de Tiro Olímpico do Piauí, Manoel Benício, e do educador físico, Jose Costa, pacientes e colaboradores do Centro conheceram e posteriormente participaram das duas atividades apresentadas pelos profissionais: levantamento de peso e tiro esportivo.


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Professores orientam a paciente Francisca no levantamento de peso

No levantamento de peso, pacientes das mais diferentes idades e diagnósticos revezaram-se no aparelho, todos orientados pelos professores. Os profissionais direcionavam o peso adequado para cada paciente, e em poucos minutos, o esporte angariou muitos admiradores.

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No caso da prática do tiro esportivo, por exemplo, Manuel Benício destaca que “esse esporte estimula a habilidade do reflexo, equilíbrio e capacidade de diferenciação dos praticantes” e acrescenta que pode ser praticado por qualquer pessoa.


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Professor José Costa e Manoel Benício com o paciente Domingos

O equipamento necessário para desenvolver o esporte foi apresentado no local como a carabina (uma arma de fogo mais curta que a espingarda utilizada no tiro desportivo) e os equipamentos de proteção individual (EPI) como óculos e protetor auricular. Não houve demonstração da atividade já que o ambiente não era adequado para tal modalidade. O tiro esportivo ou olímpico tem que ser praticado em local apropriado e seguro.

Fonte: Glenda Uchôa site Ceir

Atleta do Ceir se prepara para competir na 1º Paraolimpiada Estadual

Ela se prepara, toma fôlego, mergulha e começa a nadar. É isto que Lidia Raquel, de 24 anos, executa todos os dias no Ceir (Centro Integrado de Reabilitação), durante as sessões de reabilitação física do Centro. A jovem participará da 1º Paraolimpíada Estadual do Piauí, e descobriu na natação uma atividade de reabilitação e prazer.

A competição visa valorizar o potencial das pessoas com deficiência, acontecerá nos dias 30 de maio a 10 de junho, e contará com o total de 11 modalidades esportivas: Futsal, Futebol (Futebol de Sino), Natação, Atletismo, Badminton, Basquete (Basquete em Cadeira de Roda), Vôlei de Quadra, Vôlei de Areia, Handball, Tênis de Mesa e Tiro Esportivo.

É na natação que a história de Lidia Raquel se cruza com a do evento. Ela nasceu com Ataxia, doença que causa falta de coordenação dos movimentos podendo afetar a força muscular e o equilíbrio, e foi praticando a natação que descobriu formas de lidar com o diagnóstico. “Sempre nadei, antes era por lazer e aqui no Ceir descobri que tinha habilidade. Gosto muito da natação e apesar de ser a primeira vez que entro em uma competição, nem estou tão nervosa” conta.

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Lidia Raquel na piscina do Ceir


 A reabilitadora física do Ceir, Slania Bastos, que acompanha Lidia no tratamento, explica o trabalho realizado no setor. “A reabilitação física é utilizada para oportunizar que o paciente conheça os esportes e que se identifique. Na prática dessas atividades físicas, buscamos auxiliar as outras terapias, como ajudar o paciente ter força para as sessões de fisioterapia, ou trabalhar a respiração para contribuir na fonoaudiologia e assim por diante”, disse.

Slania acrescenta que no caso de Lidia o tratamento mostrou que ela possuía habilidade para o esporte aquático e por isso foi instigada a competir na Paraolimpíada.

Viviane Almeida, mãe da garota, conta com felicidade que a filha a cada dia progride no tratamento e a sua participação na competição legitima tudo isso. “A Lidia tinha poucos amigos, tinha dificuldades em se comunicar e o tratamento desenvolvido aqui no Ceir ajudou muito minha filha. Ela está muito empolgada com a competição e tem meu total apoio”, confessa dona Viviane.


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Lidia é apenas uma entre os 10 atletas do Ceir que competirão na modalidade aquática durante a 1º Parolimpiada Estadual. A certeza que paira no ambiente é que independente da conquista de medalhas ou não, a vitória para esses atletas já é uma realidade diária.

Fonte: Glenda Uchôa site Ceir

Basquete para cadeirantes atrai pessoas para o CEIR

O jogo é semelhante ao praticado nas ruas e nas quadras espalhadas em Teresina. O basquete para cadeirantes tem atraído pessoas ao Centro Integrado de Reabilitação (Ceir). São três anos de modalidade, uma atividade física completa que mexe com os músculos e com a cabeça de quem pratica.

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        Basquete no Ceir. (foto: Paulo Barros)

O mais novo integrante do time, Joelson Pessoa, diz que o basquete é uma modalidade que exige muito do atleta. “Tem que ter muita força de vontade como em qualquer esporte praticado, mas é muito legal e exercita bastante os músculos, recomendo para todos os cadeirantes”.


A experiente Maria Fernanda Silva fala da importância do esporte na vida dela, desde que se dedicou ao basquete sua motivação mudou. “Sei das vantagens que o basquete trouxe para mim, me deu ânimo e me mostrou que não existem barreiras para quem quer realizar os seus objetivos”.


O educador físico e preparador técnico das modalidades esportivas do Ceir, Childerico Robson, explica que a procura pelo esporte tem melhorado no Centro, mas a procura pelas modalidades como o Basquete pode melhorar ainda. “Temos toda a estrutura e o material adequado para trabalhar o esporte com os cadeirantes piauienses, a procura poderia ser maior ainda, a pessoa com deficiência tem que entender que o esporte pode mudar a vida dela”.


Os interessados devem comparecer ao Ceir e fazer uma avaliação. No Centro ele passará por uma triagem onde deve manifestar o interesse pela modalidade preferida. “Além de trabalhar com a qualidade de vida das pessoas com deficiência queremos descobrir novos atletas, aprender é o mais fácil, só é preciso interesse e vontade de conquistar novos desafios”, finaliza Robson.

Fonte:  Josué Nogueira da Ccom