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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Paratletas do Ceir: quem menos anda, voa

No Ceir, para a reabilitação desportiva, são oferecidos esportes como a capoeira, natação, futebol, basquete e dança.


Glenda Uchôa 
  
           Capoeira no Ceir: Professor Childerico e Naiara Beatriz (Foto:Ascom Ceir)
   
“Eles sabem que podem vencer barreiras, alcançar suas metas e objetivos, no esporte tudo é possível. Eu costumo dizer a eles: quem menos anda, voa. Aqui, quem menos anda, voa”. A afirmação dita com segurança é do reabilitador desportivo do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), Childerico Robson que, através do esporte oferecido pela instituição, ajuda a transformar a vida de centenas de pacientes com deficiência física atendidos pelo Centro.
No local, para a reabilitação desportiva, são oferecidos esportes como a capoeira, natação, futebol, basquete e dança. Todas as modalidades acontecem de forma adaptada para cada necessidade dos pacientes.

Joelson Pessoa, paratleta(Foto: Kalberto Rodrigues/CCom)
Joelson Pereira, 25 anos, é a prova que o esporte tem a capacidade de provocar mudanças de vida. Há três anos e quatro meses sem ter a mobilidade das pernas, depois de sofrer um acidente de trabalho que o deixou paraplégico, a natação iniciada no Ceir lhe apresentou possibilidades outras, que Joelson dizia ser difícil recobrar, como a reconquista da independência e a sensação de voltar a ter uma vida normal.
“Sinto meu corpo mais forte e na água eu relaxo mais. Nem imagino mais a vida longe das piscinas”, relata Joelson. Ele teve uma identificação tão forte com a natação, que a terapia deixou de ser apenas um meio de reabilitação e transformou-se, também, em uma prática competitiva. O rapaz já participou de dois campeonatos depois de ser integrado no Ceir.
O reabilitador físico explica que os pacientes que mostram aptidão para competições são enquadrados em uma nova modalidade de terapia, voltada para campeonatos. “Muitas vezes, os pacientes que se destacam durante as terapias e mostram interesse são incentivados a treinar de forma competitiva. É uma forma de potencializar ainda mais a reabilitação deles”, define Childerico.

Futebol para amputados do Ceir no Jogo da Inclusão(Foto: Ascom Ceir)
Para outras modalidades, como o futebol para amputados, também acontece da mesma forma. Os paratletas que dominam a partida nas quadras contam com a estrutura de qualquer jogo convencional, a diferença é que os competidores usam a desenvolta maestria para driblar com muletas. O time de amputados do Ceir já competiu em disputas nacionais.
Seja nas quadras, piscinas ou rodas de capoeiras, o esporte vem modificando a vida dos pacientes atendidos pelo Ceir. A instituição completa cinco anos de fundação, com mais de 420 mil atendimentos realizados, no próximo dia 5 de maio.

FONTE: www.piaui.pi.gov.br

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