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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Como forma de reabilitação, natação revela talentos no paradesporto

Por Neyla do Rêgo Monteiro

Natação é uma das ferramantas utilizadas dentro da reabilitação esportiva (FOTO: Jailson Soares/5esportes)
Enquanto os atletas se posicionam dentro das piscinas, é na beira dela que ficam os olhares que admiram cada conquista. Foi assim que ficou Dona Gisele, mãe Nayara Linhares, durante uma das atividades da Copa Paralímpica de Teresina, que reuniu disputas em 10 modalidades e foi encerrada no último final de semana.

Paratleta do Centro Integrado de Reabilitação - o CEIR, a nadadora de 24 anos tem descoberto na reabilitação o talento para o esporte e já contabiliza mais de 20 medalhas nas competições regionais. Apesar do receio ao ver a filha em suas primeiras competições, hoje a mãe é só orgulho da segurança que Nayara demonstra e também do que ela consegue fazer nas piscinas.

- No começo para mim era até mais difícil, porque eu sou medrosa, mas a capacidade dela é grande. Eu sou uma admiradora dessas crianças.Digo para a minha filha sempre que admiro ela. Eu me sinto feliz e realizada, por ela. Cada coisa que ela faz, reabilita ainda mais, isso é bom - contou Gisele.

Desde janeiro, Marcos Lopes descobriu a natação na reabilitação esportiva (FOTO: Jailson Soares/5esportes)
A mesma sensação vem de Mário Lopes, pai de Marcos, paciente do CEIR há oito meses. Se no começo tinha que fazer coro com o educador Childerico Robson e incentivar a prática da natação, agora ele consegue ver o filho desafiar todos os medos e descobrir novos limites.

- Não é fácil, mas a gente está aqui e ele tem boa vontade. Ás vezes ele não quer fazer, porque acha que não consegue, mas incentivo ele, porque a gente só sabe que não consegue tentando. Isso aqui também pode servir de opção para ele mais na frente - disse.

Quem olha Marcos hoje dentro da piscina, nem imagina o receio que ele tinha da natação. Apesar de estar há menos tempo que Nayara, o novo paratleta do Piauí já dá indícios de que deve seguir o mesmo caminho da companheira.

- Eu não sabia que ia conseguir. Com ajuda do Childerico eu fui desenvolvendo. Eu não gostava, mas essa terapia está me dando mais força e ajudando no tratamento. Agora eu tenho muita força de vontade e disposição - destacou Marcos.


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