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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Copa Paralímpica de Teresina reúne disputas em 10 modalidades

Por Neyla do Rêgo Monteiro

No esquenta para os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, atletas do Piauí vão mostrar dentro das quadras, pistas, piscinas e em frente às meses e redes, todo o talento na VIII Copa Paralímpica de Teresina. A abertura oficial da competição aconteceu na manhã desta quinta-feira (28) e deu largada às disputas em 10 modalidades individuais e coletivas.

Já incluso dentro do calendário de aniversário da cidade, o evento é um dos poucos que movimenta o paradesporto local, mas que tem grande importância na fomentação da prática esportiva entre as pessoas com algum tipo de deficiência.

- Nesses últimos quatro anos nós temos intensificados esse trabalho ao paradesporto, inclusive com a criação de uma divisão na secretaria. É um evento que a gente tenta notificar todas as entidades que trabalham com as pessoas que possuem necessidades especiais. É uma maneira de estarmos incentivando essas pessoas a praticarem algum tipo de atividade física - destacou João Henrique Rufino, secretário municipal de esporte e lazer.


Responsável pelo projeto social de badminton no Parque Itararé, o treinador Fernando Vieira é um dos que comemora a realização da Copa Paralímpica. Vendo aos poucos o Parabadminton ganhar seu espaço, o professor da ASBADGI destacou a competição também como forma fortalecer alguns talentos.

- A modalidade está sendo reconhecida agora pela academia paralímpica e sendo inclusa nas Paralimpíadas. A gente já tem os atletas que iniciaram a modalidade há algum tempo, mas precisamos dar uma alavancada para chegarmos no cenário nacional e pensar na vaga das Olimpíadas. A gente tem feito esse trabalho desde 2008 e todo anos estamos aqui, já que é um evento que faz parte do calendário - disse Fernando.

Com o Piauí conseguindo seu espaço em modalidades como natação, basquete em cadeira de rodas, badminton, canoagem e também no tiro com arco, às disputas também servem para atrair novos competidores e ampliar a extensão de todo o trabalho feito.

Dentro do Centro Integrado de Reabilitação, o CEIR, o educador físico Childerico Robson, é um dos profissionais que tem ampliado as possibilidades do esporte através da reabilitação. Mesmo satisfeito com o que os paratletas piauienses tem feito até aqui, o supervisor esportivo da entidade quer mais e sabe que a competição local é uma peça-chave para que as conquistas sejam ainda maiores.

- Um evento como esse vem para dar vazão a tudo isso que a gente vem buscando ao longo dos anos. Cada vez mais, massificar o paradesporto e buscar que outras pessoas pratiquem. Mostrar que existe essa comunidade praticante no Estado e que, nesse trabalho de formiguinha, possamos conseguir outros atletas e quem sabe, um dia espaço em Seleções Brasileiras, Paralimpíadas e campeonatos mundiais - destacou.

Childerico destacou a importância do esporte na reabilitação (FOTO: Jailson Soares/5esportes)

Campeão Sul-Americano com a Seleção de Basquete em Cadeira de Rodas, em 2012, Zé Filho promete fazer bonito na competição. Além das disputas no basquete, a aposta na veia de multiatleta o faz chegar confiante para o que pode também pode fazer no badminton e na canoagem.

- Para mim, é uma experiência melhor para o meu rendimento dentro da competição. E para nós isso é uma benção, porque era só o basquete e agora tem badminton, canoagem, que é uma aprendizagem para nós mesmos. É um incentivo para o deficiente que acaba ficando só em casa. A gente está aqui também incentivando os atletas que estão entrando agora e mostrar que dá para fazer muita coisa, vai depender só dele - contou.

A Copa Paralímpica vai reunir disputas no basquete, handebol, badminton, natação, tênis de mesa, atletismo, tiro esportivo, tiro com arco, futsal e canoagem. As competições começam nesta sexta-feira (26) com os jogos de basquete, handebol e badminton.


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