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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Querer é poder

Ele quer independência, quer sorrir muito mais, quer falar com mais pessoas, quer desejar bom dia, boa noite, quer fazer tudo que já faz, mas muitas vezes, muitas e muitas vezes. Foi isso que deu pra perceber conversando com Francisco da Chagas, de 23 anos.


 O diagnóstico veio logo após o nascimento, Francisco nasceu com Paralisia Cerebral, lesão que comprometeu seu desenvolvimento motor e a fala. O rapaz faz tratamento no Centro Integrado de Reabilitação (CEIR) há dois anos, sempre acompanhado pela mãe Neuza Lopes, a grande incentivadora e acompanhante nas sessões de reabilitação tanto no Centro, como na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) em Teresina.

“Ele é muito inteligente, carinhoso e esforçado. Por onde passa faz amigos e eu sou muito orgulhosa por ele”, define dona Neuza. A mãe elenca as conquistas do filho, que atualmente consegue andar, e se sustentar fisicamente sem ajuda de ninguém. No Ceir, todas quartas-feiras, Francisco faz sessão de natação no setor da hidroterapia e confessa ser apaixonado pela atividade.

O esporte aquático tem grande contribuição na reabilitação, já que a água apresenta propriedades que facilitam para o indivíduo sua locomoção sem grande esforço, e no caso de Francisco, contribui para o fortalecimento e aumento da resistência muscular e melhoria da postura. Fazendo do tratamento desenvolvido no Ceir, peça chave em sua vida.

O rapaz é só sorriso. “Eu nunca vi o Francisco zangado, ele é muito alegre, tem o coração muito bom”, explica dona Neuza sobre a personalidade do filho, que parecia eufórico a cada comentário da mãe. E Francisco, da forma mais terna possível, mesmo com a dificuldade na fala, respondia e contava um pouco da sua história, transmitindo a sensação de que querer, é poder transformar sua realidade, se adaptar e trabalhar para atingir metas e conquistas. 

E ele quer, quer muito.
 

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