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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Crianças com deficiências usam capoeira para superar limites



14/12/2012 por Mayara Ferreira
  Não existe restrição para a prática do esporte. Crianças com idades, diagnósticos e necessidades diferentes encontram no ritmo do berimbau motivações para superar limites. O Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) trabalha coordenação, equilíbrio e socialização de pacientes através da capoeira. Neste sábado (15), o Ceir chamará a atenção da sociedade para a importância da reabilitação e da inclusão social por meio do esporte com uma apresentação especial do grupo de capoeira na Ponte Estaiada Mestre João Isidoro França, na Avenida Raul Lopes.
  A roda será aberta às 18 horas sob a iluminação verde da ponte. A cor será em homenagem aos pacientes, colaboradores, voluntários, amigos e defensores da reabilitação e da inclusão social das pessoas com deficiência física e/ou motora do Ceir.
  O pequeno Marcelo Cardoso, de cinco anos, participará da roda e mostrará que a capoeira ajuda a superar dificuldades. De acordo com a mãe de Marcelo, Rosa Lima, o esporte tem sido um bom aliado no tratamento feito na instituição. “Meu filho já se desenvolveu muito e eu sei que foi a capoeira que o ajudou a superar as dificuldades de se levantar, se manter de pé e correr. Para mim, é uma das melhores terapias do Centro”, observa.
  Além de ajudar no tratamento, o objetivo da reabilitação com a capoeira é quebrar preconceitos. O coordenador do setor de reabilitação desportiva, Childerico Robson, afirma que a sociedade deve aprender com as crianças a aceitar as diferenças. “As diferenças devem servir para aproximar, ao invés de separar as pessoas. A capoeira trabalha como ferramenta de inclusão social e arma de cidadania e reabilitação”, frisa Childerico Robson.
  Há mais de dois anos, o paciente Liédson Matheus da Silva, participa da roda de capoeira do Ceir e não esconde a empolgação. A mãe, Maria Nirinalda da Silva, conta que o esporte ajuda também na socialização. “Depois que começou a fazer capoeira, Matheus já consegue dar uns passinhos e, quando ele vê as outras crianças, ele se solta”, finaliza Maria.

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